O humorista dos ‘Gato Fedorento’, Ricardo Araújo Pereira, é um dos subscritores do ‘manifesto 3D (Dignidade, Democracia e Desenvolvimento’, um movimento que congrega várias personalidades assumidamente de Esquerda, cujo intuito se prende com “travar aquilo que nos é apresentado como um futuro trágico, do bloco central, que significaria a continuação da estratégia do memorando (da ´troika') e degradaria a democracia portuguesa".
O humorista dos ‘Gato Fedorento’, Ricardo Araújo Pereira, é um dos subscritores do ‘Manifesto 3D (Dignidade, Democracia e Desenvolvimento’), um movimento que congrega várias personalidades assumidamente de Esquerda, e cujo intuito se prende com “travar aquilo que nos é apresentado como um futuro trágico, do bloco central, que significaria a continuação da estratégia do memorando e degradaria a democracia portuguesa". Poder-se-á esperar um salto do ‘gato’ do humor para a política?
Para lá da sua mais do que popular vocação humorística, não fosse o cérebro dos ‘Gato Fedorento’, Ricardo Araújo Pereira não se demite de emitir opinião no que a questões políticas e sociais diz respeito. As crónicas que assina semanalmente na revista Visão, ou a participação no programa da TSF ‘Governo Sombra’, que agora vai também para o ar na antena da TVI24, constituem exemplos disso mesmo. Ou até, os comentários que vai deixando na sua página de Facebook.
Mas se até aqui a intervenção cívica do humorista se esgotaria nestes veículos, poderemos esperar um papel mais activo da sua parte em matéria política? Por enquanto, ainda será uma incógnita, mas certo é que Ricardo Araújo Pereira é um dos subscritores do ‘Manifesto 3D (Dignidade, Democracia e Desenvolvimento’), ontem apresentado, e que tem no ex-militante do Bloco de Esquerda, Daniel Oliveira, ou no antigo secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, como seus promotores.
Não se assumindo por enquanto como um partido político, mas antes como “um pólo aglutinador” elegendo PS e PCP como "interlocutores essenciais", ainda que só a título futuro, o movimento pretende vir a ser uma "plataforma incontornável, robusta e propositória", que seja "capaz de travar aquilo que nos é apresentado como um futuro trágico, do bloco central, que significaria a continuação da estratégia do memorando (da ´troika') e degradaria a democracia portuguesa", elucidou Daniel Oliveira, citado pela agência Lusa.
"Não será por razões jurídicas, com certeza, que isto não avança. E é com outros e não sozinhos que encontraremos as soluções. E outros poderão ter várias soluções possíveis. Primeiro começamos pela vontade e o conteúdo, depois iremos à forma. Seguramente, existir a vontade para fazer este caminho, não será um impedimento jurídico que não permitirá a criação desse polo", acrescentou o também comentador político.
O ‘Manifesto 3D’ apresenta-se ainda como uma forma de “desenvolver um movimento político amplo que no imediato sustente uma candidatura convergente a submeter a sufrágio nas próximas eleições para o Parlamento Europeu”.
Refira-se que entre outros proponentes do documento estão o investigador social Boaventura Sousa Santos, o antigo dirigente e deputado comunista Carlos Brito, o argumentista e produtor Nuno Artur Silva, a jornalista e mulher do Nobel da literatura, José Saramago, Pilar del Rio, a médica Isabel do Carmo ou os cineastas Miguel Gomes, João Botelho e António Pedro Vasconcelos.
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