Um dos casos mais polémicos da história recente de Hollywood está prestes a ficar ainda mais controverso. Um documentário que vai ao ar nesta quinta-feira (7) na televisão norte-americana revela, dentre outras coisas, que a atriz Brittany Murphy poderia ter sido salva se a mãe dela houvesse chamado o serviço de emergência 24 horas antes.
Brittany estrelou filmes como 'As Patricinhas de Beverly Hills' (1995), 'Garota, Interrompida' (1999) e 'Sin City: A Cidade do Pecado' (2005), e morreu em 20 de dezembro de 2009, aos 32 anos de idade. Apesar de a causa mortis oficial ser pneumonia e anemia, uma série de especulações surgiu desde o falecimento da atriz.
Agora o patologista Richard Shepherd, principal entrevistado do documentário inédito, diz que, de acordo com sua perícia particular, Brittany vinha usando uma mistura de remédios (contra a ansiedade, sedativos, antidepressivos e contra a tosse) que acabou disfarçando os sintomas das doenças que estavam se espalhando pelo corpo da estrela.
"Na hora em que Brittany caiu no banheiro, provavelmente não havia nada que os paramédicos ou a equipe do hospital pudessem fazer para salvá-la. Se houvesse sido levada ao hospital 24 horas antes e recebido medicamento intravenoso, existiriam muitas chances de ela ter sobrevivido e de estar aqui hoje", declarou o especialista.
Shepherd não chega a culpar Sharon, a mãe da atriz, ressaltando que, afinal, como os sintomas foram disfarçados, provavelmente não se poderia notar que havia algo de errado com a moça. Mas não custava se preocupar um pouco mais ao vê-la tomando tantas pílulas, não?
Tocar no nome de Brittany é complicado porque envolve uma série de teorias da conspiração. Há quem diga, por exemplo, que Sharon matou a própria filha para ficar com o genro, o cineasta britânico Simon Monjack... Que morreu cinco meses depois da esposa, oficialmente pelos mesmos motivos.
Também já falaram que Brittany tinha distúrbios alimentares e consumia cocaína em excesso. No fim do ano passado, o pai da atriz, Angelo Bertolotti, veio a público com um um documento de uma perícia particular dizendo que, na verdade, a filha havia sido assassinada. Esse laudo, porém, acabou sendo contestado por autoridades médicas.
Por sua vez, a investigação de Shepherd aponta que a atriz não continha vestígios de cocaína nem de veneno em seu sangue. Também nega que existissem fungos espalhados pela casa em que Brittany vivia com Sharon. Porém afirma que mãe e filha viviam em condições "horrorosas" a ponto de "contribuir para a infecção e para a morte" da atriz — ele não explica que condições eram essas.
De qualquer forma, sobra espaço para uma última teoria: a de que Brittany era perseguida pelo governo dos EUA após depor no julgamento em que um amigo dela foi réu. Ela e o marido viviam numa casa com um sistema de segurança mais rigoroso que o comum, mesmo para celebridades, e ainda há rumores de que ela tinha fobia de paparazzi.
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